domingo, 25 de março de 2012

de maio de 2007 (outro texto)

Perplexo I

Hoje cedo li um texto de Rui Castro, da Folha, falando que devíamos “ter direito a xis minutos diários de exclusividade dos próprios sentidos, sem precisar plugá-los a nenhuma geringonça do demônio ou deixá-los ser invadidos e envenenados por imagens e sons que ninguém pediu para existir.” Adorei. Apesar de viver plugado nessas invenções, não desconheço serem demoníacas.

O tempo vai passando, e como não podia deixar de ser, nossas mentes começam a se moldar por esse mundo, que agora não é mais somente o mundo natural e o subjetivo. Esse dois ainda estão lá, mas agora trespassados pelo mundo virtual.

De meu computador, consigo ver o tráfego aéreo virtual numa rede simulada do Flight Simulator. Como o mundo todo está representado lá, já tem gente que usa para velejar ou andar de lancha pelos mares. Tudo de mentira. Verdade apenas as dimensões terrestres, o clima e o tempo.

Enquanto isso, minha mulher conversa com um novo colega em Second Life. Nesse mundo virtual não existe o compromisso em parecer com o real. As pessoas voam, você pode criar uma porção de terra nova, enfim... o céu não é o limite. Enquanto eu tenho a idéia para o blog, ela está visitando as instalações da rede “Canção Nova” – que agora possui uma ilha virtual.

Trecho de conversa em Second Life:

- De que clube você faz parte?
- De um grupo de homens separados que têm a guarda dos filhos...
- Nossa, há quanto tempo está separado?
- Uma semana.
- É recente então! Deve estar se adaptando. Quantos anos você tem?
(EM PARTICULAR, para os outros não verem) – Nove.. hehe... mas não conta pra ninguém!

(!!!!)

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